CUIDADO - Até onde podemos ir por um sonho?

Bom dia amorinhaaaas

Como passaram de fim de semana? O meu foi estranho...to sensível, to irritada, to sem querer conversar. Espero voltar ao normal logo...esse stress está me consumindo =/

Eu ri muito com os comentários do último post. Umas acham legal, outras não, mas todas concordam que eu é que tenho que estar feliz. Gente eu me dou muuuito bem com a minha sogra, foi só uma brincadeira, como eu disse ela me ama do jeito que sou. Nós só somos bem diferentes: eu sou uma perua toda animada, minha sogra é séria é básica...somos opostas. Quanto a religião, vocês sabem que somos evagélicos e isso não é um problema para nós. Ser feliz, pular, dançar, brincar não é errado, não é pecado. Eu mesma postei no face o video do casamento de um pastor cuja festa foi de arrooomba. Minha igreja não vê problema nisso.

Bem hoje eu vim falar de um assunto sério e nada legal, talvez até polêmico, só espero que entendam meu ponto de vista.

A grande maioria das pessoas assim que começa a planejar o casamento surta com uma coisa: orçamento. Não importa se você fará um casamento de 200 mil ou um de dez o fato é que este evento compromente grande parte da nossa renda (proporcionalmente), nos levando, muitas vezes, a beira do desespero.

Eu, obviamente, não fujo a regra. Desde que comecei a falar em casamento surgiu um  turbilhão de despesas, tem as contas do apartamento que já estão rolando, e tem os zilhares de orçamentos de proporção indesejável, digamos assim, que rondam minha cabeça. E há alguns meses eu me vejo controlando todos os meus gastos (até parei de comprar havaianas e vestidos...vícios), juntando cada centavo, priorizando cada coisinha. Imagino que vocês passem pela mesma situação.

Tudo isso nos faz perder a cabeça muitas vezes e esquecer de alguns princípios básicos. A grande questão é: até que ponto podemos chegar na ânsia de realizar esses sonhos?

Vou contar uma experiência muito ruim que aconteceu comigo.

Eu trabalhava em uma empresa bem conhecida e havia sido promovia a coordenadora de um projeto mega importante. Eu adorava o projeto pois ele tinha um cunho social muito forte, ele traria melhorias significativas para a vida de muitas pessoas e isso motivava meu trabalho. Para desenvolver esse projeto eu tinha que ter interface com autoridades públicas e privadas. Muito embora fosse muito bacana conhecer tanta gente importante eu era mera coordenadora do projeto, tinha muita gente grande acima de mim e eu nem fazia ideia de tudo que rondava meu amado projeto. Eu ganhava um salário normal e ganharia as bonificações referentes à venda de cotas ao meu projeto...tudo justo e dentro da lei. Eu, no entanto, não participava de todas as decisões nem de todas as reuniões referentes ao nosso trabalho.

Certa vez visitando um graaande cliente, ligado ao governo percebi uma situação no mínimo estranha. Nosso cliente achou o projeto barato (oi? eram cotas beeeem expressivas) e propos um aumento nos valores. Oi? Eu não entendi direito, ou melhor, fingi que não entendi. A partir desse dia eu fui cortada de muitas reuniões. Um belo dia fui chamada para uma conversa, na qual me pediram para duplicar o valor de algumas propostas. Eu questionei o porque e apos um silèncio contangedor me explicaram que para as intituições vinculadas ao governo fariam uma espécie de "caixa dois", eles pagariam o dobro e o valor excedente seria dividido entre os líderes da empresa e do projeto. Fizeram questão de ressaltar que pela minha cooperação e pelo meu silêncio eu receberia minha parte...e que parte diga-se de passagem. Então vamos entender direitinho: empresas vinculadas ao governo que recolhem dinheiro que é do meu pai, do seu pai, da sua empregada, do pedreiro, de todos nós trabalhadores, desviariam uma verba inútil para gerar altas comissões a quem já tem dinheiro o suficiente para viver.

Como eu já disse, nessa história eu era peixe pequeno e, aparentemente, me corromper era a tarefa mais fácil. Voltei para o escritório meio com um nó na garganta e com a cabeça fervendo. Eu estava louca atrás do meu ap, fazendo milhares de contas pra encaixar um lugar legal com o que posso pagar, de repente "cai no meu colo" o valor de um apartamento aaaalto padrão, ou da festa mais exorbitante do mundo...meus problemas se acabariam...pronto.

Sentei na minha cadeira, não titubiei, não pensei duas vezes: pedi demissão!

O fato é que dinheiro nenhum do mundo pode comprar meus valores, minha integridade, minha conciência. Tenho milhares de sonhos e os realizarei com o meu trabalho, sempre dentro daquilo que posso.

O que aconteceu comigo foi uma coisa fora da curva. Talvez nenhuma de vocês passe por algo parecido. Mas no pouco ou no muito minhas queridas o certo é CERTO e o errado é errado. Se são milhões ou centavos não importa...faça sempre o que é CERTO.

Por isso, levo vocês a refletirem sobre o quanto estão dispostas a ir por um sonho. A maioria deve ter lido e pensado "ah mas isso é um absurdo, eu também não teria aceitado" mas reflitam sobre quantas vezes compraram um produto falsificado, consientes de que era errado, só porque era mais barato. Quantas vezes um funcionário de um fornecedor  passou um valor e disse "mas se você fizer por fora é mais barato" e você aceitou. Quantas vezes se burlaram impstos, taxas e etc?

Não devem respostas a mim...só reflitam.

Que o sonho de vocês seja realizado com toda dignidade do mundo. Lembrem-se que nada vale a nossa dignidade e é nos pequenos gestos que a demonstramos.

Muita coisa a gente não faz por mal...apenas tomem cuidado...fiquem atentas ao que é certo.

E reforçando:

Pirataria é crime

Falsificação é crime

Sonegação é crime

Contrabando é crime

Maraketing Multinível (esquema de pirâmides) é crime

Para exigir políticos melhores temos que ser cidadãos melhores...em tudo.

Perdão pelo post chato...só queria alertar.

Boa semana a todas.

Love u